segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

SEDIHC PROMOVE EXPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA SOBRE DITADURA MILITAR: "DIREITO À MEMÓRIA E À VERDADE"

          A PARTIR DESTA SEGUNDA-FEIRA (5), ÀS 18H, A SECRETARIA DE ESTADO DE DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA (SEDIHC), EM PARCERIA COM A SECRETARIA DE DIREITOS HUMANOS DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA (SDH/PR), ABRE AO PÚBLICO A EXPOSIÇÃO “DIREITO À MEMÓRIA E À VERDADE - A DITADURA NO BRASIL, 1964-1985”,QUE REÚNE FOTOS SOBRE O PERÍODO TURBULENTO DA DITADURA MILITAR. A IDEIA DO PROJETO É LEVAR À POPULAÇÃO O CONHECIMENTO SOBRE ESSE PERÍODO DA VIDA NACIONAL.


    O PROJETO DIREITO À MEMÓRIA E À VERDADE TEVE INÍCIO EM 2006 E DESTE ESSA ÉPOCA PERCORRE O PAÍS INTEIRO,  COM  IMAGENS E TEXTOS QUE MARCAM DESDE A DEFLAGRAÇÃO DO GOLPE MILITAR, EM 1964, À RETOMADA DA DEMOCRACIA, PASSANDO POR REVOLTAS ESTUDANTIS E PELAS CAMPANHAS DE ANISTIA E DAS “DIRETAS JÁ”. A EXPOSIÇÃO TRAZ AMBIENTAÇÃO VISUAL, CONDUZINDO O PÚBLICO A UMA VIAGEM NO TEMPO. SÃO REGISTROS DE UM PASSADO MARCADO PELA VIOLÊNCIA E PELA VIOLAÇÃO AOS DIREITOS HUMANOS.

   A EXPOSIÇÃO, QUE OCORRE NO MUSEU DE ARTES VISUAIS- MAV, NA RUA PORTUGAL 273(PRAIA GRANDE, EM SÃO LUÍS) FICARÁ ABERTA AO PÚBLICO ATÉ DIA 12 DE JANEIRO DE 2012 SEMPRE DAS  9h às 17h30, NO MUSEU DE ARTES VISUAIS.



PAINEL DE ABERTURA DA EXPOSIÇÃO EM 05.12.11


O VICE-GOVERNADOR WASHINGTON LUIZ, A SECRETÁRIA DE DIREITOS HUMANOS, LUIZA OLIVEIRA

DE ACORDO COM O VICE-GOVERNADOR, TRAZER A EXPOSIÇÃO AO MARANHÃO REPRESENTA UM PASSO IMPORTANTE NO PROCESSO DE CONSOLIDAÇÃO DA DEMOCRACIA. "A DEMOCRACIA E O RESPEITO AOS DIREITOS HUMANOS SÓ SE CONSTRÓI COM DEBATES, E O GOVERNO DO MARANHÃO TEM SE APRESENTADO ABERTO A ESSAS TEMÁTICAS", COMENTOU.

 MUITO JÁ SE TEM AVANÇADO NO PROCESSO DE AFIRMAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS, PORÉM É NECESSÁRIO QUE AS UNIVERSIDADES E CENTROS ESTUDANTIS DEBATAM MAIS ESTES ASSUNTOS. A EXPOSIÇÃO REPRESENTA A QUEBRA DO SILÊNCIO E A SENSIBILIZAÇÃO POR MEIO DA MEMÓRIA E DA HISTÓRIA. ALÉM DISSO, É UMA FORMA DE RESISTÊNCIA A ESSAS PRÁTICAS, E IMPEDIR QUE ELAS VOLTEM A SE REPETIR", RESSALTOU A SECRETÁRIA DE ESTADO DE DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA, LUIZA OLIVEIRA.

    DIVERSAS AUTORIDADES, TAIS COMO, O VICE-GOVERNADOR WASHINGTON LUIZ, A SECRETÁRIA DE DIREITOS HUMANOS, LUIZA OLIVEIRA, ENCARREGADA DO MAV, ATIANE GUSMÃO, ENTRE OUTRAS. 

    ATIANE GUSMÃO (ENCARREGADA DO MUSEU DE ARTES VISUAIS) , DIONAL ANDRADE (FUNCIONÁRIO) E TAMILA QUIM (ESTAGIÁRIA)

    ENCARREGADAS DO MUSEU DE ARTES VISUAIS: LAURA D`JESUS, CONCEIÇÃO MONTEIRO E ATIANE GUSMÃO


    AO TODO SÃO 14 PAINÉIS COM IMAGENS E TEXTOS QUE MARCAM DESDE A DEFLAGRAÇÃO DO GOLPE MILITAR, EM 1964, À RETOMADA DA DEMOCRACIA, PASSANDO POR REVOLTAS ESTUDANTIS E PELAS CAMPANHAS DE ANISTIA E DAS 'DIRETAS JÁ'.


    sábado, 8 de outubro de 2011

    BIOGRAFIAS: WESLEY DUKE LEE


    Folhapress
    Wesley Duke Lee (São Paulo, 21 de dezembro de 1931 - São Paulo, 12 de setembro de 2010), desenhista, gravador, artista gráfico e professor. 

    Sua influência artística veio da avó – pintora acadêmica – e do pai – grande desenhista. Fez curso de desenho livre no MASP em 1951. 

    Ainda em seus anos de formação, em 1952, viajaria para Nova Iorque, onde entraria em contato com os primordios do movimento pop norte-americano, liderada por figuras como Robert Rauschenberg, Jasper Johns e Cy Twombly – e estudou na Parson’s School of Design (curso de Artes Gráficas) e no American Institute of Graphics Arts (curso de Tipografia) durante 3 anos.

    Em seus primórdios, a pop era essencialmente uma arte de contestação ao conservadorismo das camadas médias da população. Apresentava de maneira humorística e debochada, todos os ícones de consumo característicos do american way of life, propagandeados pela burguesia como as grandes conquistas do progresso social nos Estados Unidos.

     
    Logo ao retornar para o Brasil (em 1960), realizou um dos primeiros happenings no país chamado O Grande Espetáculo das Artes.

    Em 1963, formou o movimento artístico Realismo Mágico com o crítico Pedro Manuel Gismondi, a pintora Maria Cecília, o artista Bernardo Cid, o escritor Carlos Felipe Saldanha e o fotógrafo Otto Stupakoff (com ele, Duke Lee criou uma feira industrial realizando uma série de ambientes e instalações – uma delas fora apresentada na 44ª Bienal de Veneza),

    Em 1966 com Nelson Leirner, Geraldo de Barros, José Resende, Carlos Fajardo e Frederico Nasser (destes últimos três e do artista Luiz Paulo Baravelli foi professor) fundou o Rex Gallery & Sons (espaço alternativo usado para publicarem manifestos e divulgarem produtos que não eram expostos em outras galerias).

    Foi para Paris onde estudou desenho na Académie de la Grande Chaumière ao mesmo tempo em que estudou gravura no ateliê de Johnny Friedlaender. Trabalhou na área de publicidade (pela campanha publicitária para a empresa Régie-Renault recebeu o prêmio Oscar de La Publicité Française em 1961), no entanto, sua criatividade artística impossibilitou sua permanência por longo período em qualquer tipo de trabalho, por isso, trabalhou como free-lancer por algum tempo, mas logo voltou a dedicar-se por completo às artes. Com o pintor Karl Plattner trabalhou e estudou (pintura mural) em São Paulo, na Áustria e na Itália.

    Ganhou menção honrosa na 43ª Annual Exhibition of Advertising Art and Design e o prêmio Ampulheta na Biblioteca Municipal de São Paulo (ambas em 1964). No mesmo ano foi preso nos primeiros dias do Golpe Militar e passou a produzir uma série de obras criticando as atitudes e ideologias dessa revolução. A convite de Walter Zanini foi admitido no Grupo Phases.

    Lecionou Desenho na Faculdade de Arquitetura do Mackenzie, na Escola de Desenho Industrial de Ribeirão Preto e alguns anos mais tarde na pós-graduação da Universidade do Sul da Califórnia em Irvine.

    Participou do projeto Art and Technology, realizado pelo Los Angeles County Museum of Art – evento que o fez interromper suas instalações e os usos da tecnologia por algum tempo (projetos retomados somente nos anos 80). No Centro de Reprodução Xerox em Nova York realizou seus primeiros projetos com a técnica da cópia. Nesse período, passou a pesquisar outras utilizações com o xerox, com o vídeo, com a polaroid e com outras técnicas de reprodução eletrônica visuais.

     
    Entre suas principais premiações destacam-se as da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) - de melhor pintor paulista do ano (1976) e de exposição retrospectiva de 1993, recebida em 1994.

    O que caracteriza seus trabalhos são os contextos críticos sócio-políticos, o erotismo e pela utilização de materiais e práticas inovadoras, relacionando técnicas usuais às novas tecnologias, intervindo na percepção real da ideologia na produção.




    Um dos fundadores do Grupo Rex, que oferecia reação combativa e bem-humorada ao mercado de artes na década de 1960. Nessa época, foi também responsável pela realização dos primeiros "happenings" da arte brasileira.



    Wesley Duke Lee - Mundo Submarino com Baleia Passando
     

                  
    Mundo Submarino com Baleia Passando
    35 x 20 cm
    Têmpera sobre papel
    Ano: 1961





    Creáteur et la creature
    160 x 120 cm
    Técnica mista sobre madeira
    Ano: 1964




    Fonte: Pinturabrasileira.com






    (Egipiciana)
      Obra O Nome do Cadeado é: As Circunstâncias e Seus Guardiões (1966), de Wesley Duke Lee


      • Obra "O Nome do Cadeado é: As Circunstâncias e Seus Guardiões" (1966), de Wesley Duke Lee

    quarta-feira, 28 de setembro de 2011

    VISITANDO O MUSEU: ESCOLA PORTAL DO SABER


    No dia 28 de setembro de 2011, recebemos a Escola Portal do Saber, ficamos felizes que desde cedo os alunos ( faixa etária de 05 anos) são estimulados a conhecerem Instituições Culturais.  Através das cores, formas, texturas e técnicas diferentes,  fazendo descobertas no Mundo das Artes Plásticas.









    quinta-feira, 1 de setembro de 2011

    BIOGRAFIAS: DJANIRA MOTTA E SILVA

    *FOTO: Djanira. Catálogo da Exposição do Museu Nacional de Belas Artes (pág. 19); São Paulo, 1976.


    TRAJETÓRIA DE VIDA



    Nasceu em Avaré - SP, em 20 de junho de 1914 e faleceu no Rio de Janeiro - RJ, em 31 de maio de 1979, aos 65 anos.


    Descendente de austríacos e de índios guaranis, Djanira da Mota e Silva passou a infância em Porto União (SC), onde trabalhava na lavoura. Na adolescência, voltou para a cidade natal, Avaré (SP). Em 1928, seguiu para São Paulo, onde foi vendedora ambulante. Ganhava pouco, morava e comia mal, mas trabalhava além de suas forças.

    Contraiu tuberculose e foi internada no pavilhão de pacientes terminais do Sanatório Dória, de São José dos Campos, nos 1930. No hospital, teve acesso pela primeira vez a pincéis e telas. Djanira passou a pintar figuras de um Cristo contorcido em dores, como os pacientes do pavilhão dos desenganados.

    Para espanto dos médicos, ela se recuperou e recebeu alta, quase que completamente curada. Mudou-se nos anos 1940 para o Rio de Janeiro, onde se casou com Bartolomeu Gomes Pereira, um maquinista da marinha mercante. Ele morreu quando um submarino alemão torpedeou o seu navio na Segunda Guerra Mundial.

    Viúva e sozinha, alugou um quarto na Pensão Mauá, em Santa Teresa, e viveu como costureira. Os outros hóspedes eram estudantes de pintura com poucos recursos e alguns pintores estrangeiros refugiados de guerra. Entre eles, o romeno Emeric Marcier, que trocou casa e comida por aulas de arte. Djanira aprendeu técnicas, porém, permaneceu fiel ao seu estilo simples.

    Próximo à pensão, o Hotel Internacional reunia pintores mais ricos, como os exilados franceses Arpad Szenes e sua mulher Maria Helena Vieira da Silva. Djanira passou a receber apoio. Participou do Salão Nacional de Belas Artes em 1942, e fez duas exposições coletivas e uma individual.

    Toda a obra de Djanira está marcada por sua pesquisa sobre a cultura de nossa terra. Em 1950, mora por seis meses com os índios Canela do Maranhão antes de pintá-los. 

    Em 1952, viajou pelo Brasil para colher imagens do cotidiano e de festas religiosas. Essa foi a fase mais expressiva de sua carreira. Representou pescadores, trabalhadores do campo e da cidade, e o místico sincretismo do catolicismo e cultos afro-brasileiros.

    O painel "Santa Bárbara" (1964), de 130 metros quadrados e 5300 azulejos, é um dos melhores exemplos desta fase e está hoje no Museu Nacional das Belas Artes do Rio de Janeiro. A obra é uma homenagem aos 18 operários mortos na abertura do Túnel Santa Bárbara, entre os bairros de Catumbi e Laranjeiras, no Rio de Janeiro.


    Em 1979, com a saúde novamente debilitada, entrou na Ordem Terceira do Carmo e mudou o nome para Teresa do Amor Divino. Morreu no convento.


     OBRAS

    Painel de Djanira (Santa Bárbara) no
    Museu Nacional de Belas Artes - MNBA
    Rio de Janeiro-RJ



    Estudo para o Painel de Azulejos do Túnel Santa Bárbara 
    guache s/ papel




             Colheita de Café 
       xilogravura impressa s/ papel



    A Indústria Automobilística Brasileira 
              óleo s/ tela





    quarta-feira, 6 de julho de 2011

    BOLETIM MINC


    MARANHÃO

    Concurso Literário e Artístico

    A partir do dia 11 de julho, estarão abertas as inscrições para o 34º Concurso Literário e Artístico Cidade de São Luís. O edital é uma realização da Fundação Municipal de Cultura de São Luís e está organizado nas categorias Prêmio Aluísio Azevedo, Prêmio Antônio Lopes, Prêmio Sousândrade, Prêmio Inácio Cunha e Prêmio para Jornalismo. O evento possui caráter competitivo e classificatório. A participação é gratuita e dividida em obras destinadas ao público infanto-juvenil e adulto. As inscrições poderão ser feitas até 31 de agosto. Confira:  http://www.funcsl.wordpress.com/

    segunda-feira, 6 de junho de 2011

    MOSTRA FOTOGRÁFICA NO MUSEU


    A rainha Nã Agotimé, esposa do rei Agingolo, era conhecida em sua aldeia pelas histórias que contava sobre seus ancestrais e sobre o culto aos reis mortos. Guardava os segredos do culto a Xelegbatá, a peste.

    Adandozan, filho de um primeiro casamento do rei, assumiu o trono com a morte do pai e tratou de mantê-la isolada, acusando-a de feitiçaria, não hesitando em vendê-la como escrava. Em Uidá, grande porto de venda de escravos, Agotimé foi jogada nos porões imundos de um navio e trazida para o Brasil.

    Conheça mais um pouco desta história visitando a mostra que é composta de imagens feitas pelo fotógrafo maranhense Márcio Vasconcelos que fica em cartaz até o mês de agosto no Museu de Artes Visuais, localizado na Rua Portugal, 273, Praia Grande, São Luís/MA.

    quarta-feira, 1 de junho de 2011

    BIOGRAFIA DO MÊS: DANILO DI PRETE

     
    Danilo Di Prete (Pisa / Itália, 17 de junho de 1911 – São Paulo, 8 de março de 1985), pintor, ilustrador, cartazista. Artista autodidata, iniciou sua carreira artística aos 20 anos. No período da Segunda Guerra, integrou o Grupo de Artistas Italianos em Armas que faziam ilustrações de episódios da guerra na Albânia, Grécia e Iugoslávia.

    Em Viareggio (Itália), trabalhou na preparação de carros alegóricos e bonecos para desfiles carnavalescos.

    Mudou para São Paulo, em 1946 e se dedicou à arte publicitária. Na década de 50 retornou para a pintura – direcionando seus trabalhos para o abstracionismo – em busca de uma pintura, como ele dizia, cósmica. Antes de se mudar para o Brasil, suas obras eram figurativas (natureza morta, retratos) com experimentos de composições futuristas e cubistas.

    Trabalhos em óleo, construções em relevo, objetos com feixes de luz, cor e movimento tendo como propulsores motores, correntes de ar e efeitos ópticos, foram seus grandes e revolucionários feitos.

    Participou da 1ª e 8ª Bienais de São Paulo (prêmio nacional de pintura em ambas), da 7ª Bienal Internacional de São Paulo (prêmio no Concurso Internacional de Cartazes), e de mais doze bienais. Na Itália (em 1968) recebeu a cruz e o título de Cavaliere Ufficiale della Republica Italiana e em São Paulo (ano de 1982), recebeu a Medalha Ciccillo Matarazzo concedida pelo Centro Cultural Francisco Matarazzo Sobrinho.




    ALGUMAS OBRAS EM 03 TEMPOS




    Natureza Morta
    58 x 76.5 cm
    Óleo sobre tela
    Ano: s/d 








    Erupção (1968)






      
     
               
               Mar da Tranqüilidade (1971)