sábado, 8 de outubro de 2011

BIOGRAFIAS: WESLEY DUKE LEE


Folhapress
Wesley Duke Lee (São Paulo, 21 de dezembro de 1931 - São Paulo, 12 de setembro de 2010), desenhista, gravador, artista gráfico e professor. 

Sua influência artística veio da avó – pintora acadêmica – e do pai – grande desenhista. Fez curso de desenho livre no MASP em 1951. 

Ainda em seus anos de formação, em 1952, viajaria para Nova Iorque, onde entraria em contato com os primordios do movimento pop norte-americano, liderada por figuras como Robert Rauschenberg, Jasper Johns e Cy Twombly – e estudou na Parson’s School of Design (curso de Artes Gráficas) e no American Institute of Graphics Arts (curso de Tipografia) durante 3 anos.

Em seus primórdios, a pop era essencialmente uma arte de contestação ao conservadorismo das camadas médias da população. Apresentava de maneira humorística e debochada, todos os ícones de consumo característicos do american way of life, propagandeados pela burguesia como as grandes conquistas do progresso social nos Estados Unidos.

 
Logo ao retornar para o Brasil (em 1960), realizou um dos primeiros happenings no país chamado O Grande Espetáculo das Artes.

Em 1963, formou o movimento artístico Realismo Mágico com o crítico Pedro Manuel Gismondi, a pintora Maria Cecília, o artista Bernardo Cid, o escritor Carlos Felipe Saldanha e o fotógrafo Otto Stupakoff (com ele, Duke Lee criou uma feira industrial realizando uma série de ambientes e instalações – uma delas fora apresentada na 44ª Bienal de Veneza),

Em 1966 com Nelson Leirner, Geraldo de Barros, José Resende, Carlos Fajardo e Frederico Nasser (destes últimos três e do artista Luiz Paulo Baravelli foi professor) fundou o Rex Gallery & Sons (espaço alternativo usado para publicarem manifestos e divulgarem produtos que não eram expostos em outras galerias).

Foi para Paris onde estudou desenho na Académie de la Grande Chaumière ao mesmo tempo em que estudou gravura no ateliê de Johnny Friedlaender. Trabalhou na área de publicidade (pela campanha publicitária para a empresa Régie-Renault recebeu o prêmio Oscar de La Publicité Française em 1961), no entanto, sua criatividade artística impossibilitou sua permanência por longo período em qualquer tipo de trabalho, por isso, trabalhou como free-lancer por algum tempo, mas logo voltou a dedicar-se por completo às artes. Com o pintor Karl Plattner trabalhou e estudou (pintura mural) em São Paulo, na Áustria e na Itália.

Ganhou menção honrosa na 43ª Annual Exhibition of Advertising Art and Design e o prêmio Ampulheta na Biblioteca Municipal de São Paulo (ambas em 1964). No mesmo ano foi preso nos primeiros dias do Golpe Militar e passou a produzir uma série de obras criticando as atitudes e ideologias dessa revolução. A convite de Walter Zanini foi admitido no Grupo Phases.

Lecionou Desenho na Faculdade de Arquitetura do Mackenzie, na Escola de Desenho Industrial de Ribeirão Preto e alguns anos mais tarde na pós-graduação da Universidade do Sul da Califórnia em Irvine.

Participou do projeto Art and Technology, realizado pelo Los Angeles County Museum of Art – evento que o fez interromper suas instalações e os usos da tecnologia por algum tempo (projetos retomados somente nos anos 80). No Centro de Reprodução Xerox em Nova York realizou seus primeiros projetos com a técnica da cópia. Nesse período, passou a pesquisar outras utilizações com o xerox, com o vídeo, com a polaroid e com outras técnicas de reprodução eletrônica visuais.

 
Entre suas principais premiações destacam-se as da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) - de melhor pintor paulista do ano (1976) e de exposição retrospectiva de 1993, recebida em 1994.

O que caracteriza seus trabalhos são os contextos críticos sócio-políticos, o erotismo e pela utilização de materiais e práticas inovadoras, relacionando técnicas usuais às novas tecnologias, intervindo na percepção real da ideologia na produção.




Um dos fundadores do Grupo Rex, que oferecia reação combativa e bem-humorada ao mercado de artes na década de 1960. Nessa época, foi também responsável pela realização dos primeiros "happenings" da arte brasileira.



Wesley Duke Lee - Mundo Submarino com Baleia Passando
 

              
Mundo Submarino com Baleia Passando
35 x 20 cm
Têmpera sobre papel
Ano: 1961





Creáteur et la creature
160 x 120 cm
Técnica mista sobre madeira
Ano: 1964




Fonte: Pinturabrasileira.com






(Egipiciana)
    Obra O Nome do Cadeado é: As Circunstâncias e Seus Guardiões (1966), de Wesley Duke Lee


    • Obra "O Nome do Cadeado é: As Circunstâncias e Seus Guardiões" (1966), de Wesley Duke Lee

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